sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

DISCO 2000 - pogobol melhores da decada

Nesse começo chuvoso de ano , a Pogobol promove uma festa em nome de tudo que rolou de fóda nessa década. 
Da morte do rei Michael Jackson ( de raça duvidosa ) ao nascimento da rainha Lady GaGa ( de sexualidade duvidosa ), do Queens of the Stone Age fazendo um rock cada vez melhor ao Placebo que , com a saída do baterista , mergulhou numa bad-trip sem volta. todos os sons que fizeram a cabeça nesses 10 anos, e todos que encheram o saco também. e como a Pogobol não cospe no prato que come, agente te convida pra cantarolar os indies-chiclete, pop de qualidade e afins que ficaram grudados nas pick-ups dos Dj's pogobol e cia. 
A verdade é que nesses ultimos anos entre o caos e a danação agente nem lembra muito bem o que aconteceu na cena , mas você também não , duvida ?! A pogobol te desafia num QUIZ musical sobre tudo que rolou nos últimos 10 anos nesse mundão musical ( ou pelo menos o que chegou aqui em Belém )

Musica, Moda,Noticias,Azaração tudo isso você vê na Pogobol ;)

SERVIÇO:

Dj's pogobol
- Kiko
- Lionay
- Masato
- Thiagoliveira (pop, rock, eletro)

Dj's convidados:

- alex pinheiro (bandoselvagem.blogspot.com)
- camilly (fakejapanese.com/peggy)

- duo (vandersexxx)
- duo popcornkids (popcornkidsduo.blogspot.com)

- larirock (por ela mesma)

*banda: VAN PELTZ (tocando os hits da decada)
*quiz musical valendo CD, DVD e camisas
*videotecagem
*karaokê
*ingressos: 10 R$ ate 00:00 depois 20 R$

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Festa na floresta, proxima quinta 17/02 excepcionalmente as 18:00 hrs

musicos e projetos do casarão floresta sonora alternando shows e JAM'S sessions com os dj's pogobol e limonada sonora + convidados.
No espaço cultural Fuxico. (Rui Barbosa entre Conselheiro e Mundurucus)
10 R$ - 5 R$ com nome na lista aqui

Não se perde.

sábado, 22 de janeiro de 2011

O verdadeiro rock'n roll !???


Ouvi dizer certa vez que rock’n roll veio do ditado “pedras que rolam não criam limo”.
Isso meio que ficou na memória como se o rock estivesse indo (rolando) em alguma direção, evoluindo.
 Esse “evoluindo” me causa desconforto quando penso nessa ultima década (de 2000 a 2010).
Desconforto que sinto, quando penso que o rock’n roll nasceu (e deveria continuar) como uma atitude. Uma vontade de subverter, um grito pela rebeldia contra os padronizadores.  A juventude sempre foi taxada de transviada e com razão.
“Nossos” lideres não nos deram exemplos dignos de nossos espíritos. Nada mais apropriado que nossas reações.
(meu heróis morreram de overdose) canso de me convencer que esses clichês dizem mais verdades que ordem e progresso.
Quando Bob Dylan plugou as guitarras e começou a fazer rock’n roll, era chamado de traidor nos palcos. Marilyn Manson era ou é proibido de entrar em alguns países. Os Ramones tocaram 8 horas a mesma musica sob a mira do revolver de Phill Spector. Renato Russo sangrava os dedos quase sempre que tocava baixo... e por que? Era cool ser chamado de traidor? excentricidade sempre esteve na moda? tomar um tiro parece legal? sangrar no instrumento não me parece uma cena boa de recordar, de viver então...
Isso tudo se resume a uma palavra, atitude.
O rock’n roll vem na frente, os maneirismos ficam pra trás.
Musicalmente os primeiros 10 anos dos anos 2000 não satisfizeram quase nada. e olha que vivo dizendo que o grunge é um revival do rock dos anos 70.  
Acontece que as formulas dos anos 80 (rock pras pistas) dominaram a forma de criação. Copiou-se mais do que se criou. O que não foi o caso do grunge.
Se você percebeu os ciclos de 20 anos não foi mera coincidência. Scandurra que o diga.
Sem falar nos artistas, é artistas. Quis usar o termo musico, mas com tantas aparições na mídia, maquiagem, cortes de cabelo, capas e mais capas de revistas, fora o uso de drogas (que não serviu pra produção nenhuma como em épocas passadas, bastou estar nos jornais no dia seguinte).
O rock’n roll foi feito por caras errados, sujos e indigestos. não por diletantes, polidos e domesticados.
adequar-se a um estilo, movimento ou padrões exigidos pelo que quer que seja sempre foi motivo de protesto pros musicos que priorizam a musica a rotulos.
Um amigo bom de frases me disse uma vez.
- não quer correr riscos, não escuta rock’n roll. Isso tambem fixou na memória.
Uma super produção, mas só da embalagem, o conteúdo te deixa com mais fome.
Poucos músicos criaram nessa década, esses são alguns que tocam ate hoje no meu som, queens of Stone age, the good the bad and the Queen, denali, arcade fire,Duke spirit, mombojo, los hermanos...  devo postar outros por aqui depois.
 A imagem foi mais cuidada que a musica nesses últimos 10 anos. É um reflexo do mercado eu sei. mas por isso se deixa render quem quer. A imagem escraviza! Já dizia Antonio Abujamra.
Na década de 90 os músicos pareciam estivadores, moças revoltadas do campo, lenhadores, pessoas comuns. Os da década passada parecem estrelas de Hollywood.
A musica tem que vir em primeiro lugar pra merecer o titulo de musico. E pra ser chamado de rock’n roll então...
Um bom exemplo do que falei é essa apresentação do L7 na TV britânica. Sem frescuras e sem firulas.

veja o video e tire suas conclusões
L7 - pretend were dead (live the word 92)
só o verdadeiro rock'n roll.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Circuito Polifônico realiza 7 workshops em janeiro no Casarão Cultural Floresta Sonora - GRÁTIS!

Faça sua inscrição de GRÁTIS!
envie e-mail para circuitopolifonico@gmail.com com o assunto 'workshop' , e  informe seu nome, e-mail, contato e o workshop de seu interesse.

Workshop Polifônico das 14h às 16h.

12/01 - Como articular comunicadores populares e midialivristas em uma rede de comunicação colaborativa
carga hóraria: 2h, Vagas livres: 5)
14/01 - Software Livre de áudio (Ardour e Audacity)
carga hóraria: 2h, Vagas livres: 5
17/01 - Faça um programa de guerrilha de web-rádio e web-tv para a internet
carga hóraria: 2h, Vagas livres: 5
19/01 - Como produzir eventos a Custo Zero
carga hóraria: 2h, Vagas livres: 5
21/01 - Elaboração de Projetos e Capitação de Recursos
carga hóraria: 2h, Vagas livres: 5
24/01 - O projeto é um instrumento com quatro finalidades
carga hóraria: 2h, Vagas livres: 5
26/01 - Ecodesign Como Práxis Pedagógica
carga hóraria: 2h, Vagas livres: 5

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

The Stone Roses - Second Coming (1994)

Pra falar de stone roses tenho que primeiro falar de 3 coisas.
Manchester, genialidade e informação que se atropela com essa tal globalização.
O que faz de Manchester um pólo da musica popular? nos últimos 30 anos a cidade vem exportando artistas como joy division, new order,smiths, os stone roses, happy mondays, chemical brothers, oasis, james, starsailor, doves... artistas esses que gravaram seus nomes na historia da musica como divisores de águas por criarem e/ou popularizarem um estilo ou pelo simples fato de serem excepcionais no que fazem, e mesmo reproduzindo uma formula (o que considero recriar nesses casos) fizeram movimentos , discos, hits que serão ouvidos, executados anos a fio, darão filhos, filmes... 
Acontece que Manchester não tem ou não tinha tradição musical. Manchester é uma cidade industrial. meio fantasma eu diria.
A agua deles deve ser modificada ou a fumaça das fabricas alterou seus genes ou os sentidos se aprimoraram por estarem cansados da vida de operário? não teremos resposta sem dar atenção aos nomes que citei e ainda vou citar.
Começando com Ian Curtis, líder do joy division (que ja tinha sido "gatinhos durinhos" e warsaw).
Sujeito assombrado, sofria de epilepsia (que inspirou sua performance nos palcos e as danças da década de 80), violento, poeta, profeta de uma geração, visionário junto de sua banda (que teve os cuidados de Tony Wilson, produtor, empresário, apresentador de TV e peça chave da cena de Manchester e do produtor musical Martin Hannet, génio dentro e fora dos estúdios).
Banda essa que não se deteve apos a morte de Curtis como era de se esperar. mudaram para new order e pela factory (selo de Wilson e companhia) foram uma das bandas de maior sucesso da historia.
seguimos com Morrissey e os Smiths.
Apaixonado pela arte, poeta (poderia ser escritor), o que melhor reproduziu o pensamento Wildeano na musica, publicamente assumido gay, sem explorar essa imagem, um gentleman nos palcos e membro de uma das bandas mais carismáticas do mundo.
Chegamos nos Roses.
A banda começou no fim dos anos 80, e seu disco de estreia chamou muita atenção.
misturando dance com rock, lisergia em doses mínimas, um groove sutil pra rebater e letras anti-sistema que passam despercebidas os Roses ganharam status e expectativas quanto ao segundo disco, que veio 5 anos depois e não agradou... pra não dizer desagradou.
o porquê eu não sei, acredito que o mundo não entendeu o disco, as pessoas estavam ouvindo outras coisas...
a evolução da banda é gritante. destaque pras guitarras de Squire, que também é artista plástico e fez as artes dos 2 discos (http://www.johnsquire.com/) e Reni nas baquetas, como um dos músicos que mais aprendeu a tocar seu instrumento de um disco pra outro que eu ja ouvi. não esquecendo os vocais de Brown que inspiraram Liam Gallagher que estreava naquele mesmo ano, mas essa é outra historia.
os baixos de Mani, precisos e concisos como toda cozinha deve ser.
second coming é visionário, experimental, singular. a alquimia aqui é bem mais ousada, desde referencias de hard rock setentista a musica de cabaret, flertes com acid jazz e musica latina, experimentações com sons de floresta e animais, uma faixa estranhissima onde se ouve uma espécie de banjo desafinado, uivos, risos... ate uma introdução que parece trilha de western.
se com toda essa inovação o disco foi ignorado (a banda se separou logo depois, fato esse que amargo toda vez que ouço o disco) só posso repetir:
- o mundo não entendeu o disco.


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sábado, 18 de dezembro de 2010

Massive Attack - Heligoland (2010)

Quinto álbum de estúdio do duo de Bristol.
a dupla quase completou uma década sem lançar material inédito e quando saiu do silencio trouxe um disco que se propõe exactamente a uma experiência musical pelo universo diverso do silencio.
o disco causa uma sensação de estranhamento na primeira audição. exactamente como o resto da discografia da banda. um estranhamento que vai te conquistando a medida que vai descobrindo o quão ricas em detalhes são as musicas, como nos arranjos de violino e as linhas baixo, mais leves que nos discos anteriores.
sem esquecer o quanto são felizes quando escolhem suas parcerias a cada disco.
Damon Albarn (blur), Tunde Adebimpe (tv on the radio), Rope Sandoval (mazzystar) e na minha humilde opinião a melhor delas Martina Topley-bird que tem uma carreira solo que merece bastante atenção.
"recomendo o disco Quixotic de 2003"
pouco comentado e quem dirá ouvido o disco mantêm o titulo do Massive Attack de melhor banda do genero... polemicas a parte e Beth Gibbons que me perdoe.
altamente recomendado pros dias chuvosos e trips sonoras.

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sábado, 27 de novembro de 2010

Scott Pilgrim vs. o mundo - soundtrack (2010)


O que pensar de uma trilha sonora que reuni beck, frank black, metric, t-rex, stones, broken social scene, beachwood sparks, produzida por nigel godrich... 5,4,3,2,1: insert a coin or game over.

A piada é pra dizer que scott pilgrim que veio dos quadrinhos, e agora chega como filme (o melhor de ano), é altamente influenciado pelos games. O curioso é que o game ainda vai sair.
E que por ter todos esses nomes, tocando as musicas das bandas do filme (sex bob-omb, crash and the boys, the clash at demonhead), poderia ser hype demais. poderia.

O rock indie contemporaneo "que te faz ter duvida se é adolescente ou adulto" é executado na sua melhor forma, fazendo desejar que as bandas "fictícias" existam pra podermos ouvir seus discos.
Beck ficou com a banda de pilgrim (os bob-omb's) e fez 2 versões de ramona (namorada de pilgrim) que também ganhou sua ode de frank black (lider dos pixies).
O broken social scene ficou com (crash and the boys) e o metric com a banda da ex de pilgrim (the clash at demonhead). alias ex é o que não falta nessa historia. Mas voltando a trilha... Sendo autoreferencial ao extremo não faltaria um tema em 8 bits de threshold (hit dos bob-omb's).
e se com tantas qualidades sonoras eu lhe disser que a musica é só um dos pontos altos da obra de Edgar Wright (todo mundo quase morto, era do gelo 3, star trek...). O filme enche os olhos dos gamers (alem de todos os barulhinhos e referencias aos classicos,  tem a cena em que scott é "controlado" por ramona numa luta, os dragões e o sasquatch evocados, a contagem antes do game over...), os fãs de quadrinhos tambem são agraciados (racors, metalinguagem,decupagem de quadrinho...), mas é o rock que conduz essa ressignificação dos generos.
A mistura dessas linguagens resulta na obra prima que como eu quis ter dito e Mateus Moura antecipou: é muito dinheiro, efeitos aloprados, tinha tudo pra dar errado, mas foi exatamente ao contrario. deu tudo certíssimo. 
Veja o filme e ouça a trilha.
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